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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vingança Moderna

Esta cidade não é mais minha, digo assim por que é verdade. Quando tinha visto era cheia de cores e luzes, não que agora não tenha, porém, sei que não é o suficiente.

As luzes aqui não são passáveis, e também não há prédios cabíveis aqui. Tijolos de vidro, que constroem uma vida mais clara, com certezas maiores. Tenho aflição aqueles que não sabem nada sobre o lugar que vive, querem apenas cuidar de gatos como se fossem cachorros.

Calar aquele que já não tem mais voz, e ensinar a ler um doutor; quero assim ser vivo, mais forte e intocável. No tocante é mais frívolo, ande de pé no chão às vezes, e beba um pouco d’ água da chuva, assim como faziam seus avôs.

Não somos mais assim, a vida não mais, e nossa cidade de longe é a mesma. Não se brinca mais na rua, e bicicleta é para fracos, cansa o físico e dilata a batata de nossa perna.

As árvores aqui não é o suficiente, parecem estar meio escuras e sem frutas. No quintal a noite comia-se manga e goiaba. Agora o temos aqui? Podemos voltar rapidamente, mas elas não estão mais por aqui.

Não existe o calo do pobre, que anda noite e dia a procura de vida, os carros também não são o suficiente. Um por cada pessoa. Essa coisa de internet, os Notebooks serão vendidos a R$ 100,00; comeremos sucrilhos com morango e eles pão com manteiga, aparentemente será tudo como é hoje, porém, não será o suficiente.

Por que as pessoas têm mania de serem modernas, aliais, de implantar a modernidade, por que não tiram eles da rua?

Dorme meu filho já é tarde.
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